março 26, 2010

Respeito é bom - e eu ADORO


A implicância começou em junho. Até aí, só existia, acreditem, muita admiração (apesar de alguma frustração, justamente por eu ter visto que quase nada era como parecia ser).
Houve textos emocionantes, chamadas no telefone, chamadas no MSN, e-mails secretos, DM no Twitter... Sem contar a bisbilhotagem diária no Orkut. Irritei-me com tudo isso? Bastante, afinal era o meu pedaço de sonho que estava sendo cobiçado. Mas essa irritação nem se compara ao dó que eu senti ao constatar que, coitadas!, pessoas assim não sabem respeitar o outro - apesar de, lógico, pensarem exatamente o contrário. Dignas de pena!
Na minha singela opinião, quem não sabe perder ou não sabe admitir que perdeu nunca será completamente feliz, por mais que tenha uma vida em grande parte satisfatória ou que tenha realizado a maioria dos seus objetivos. Quem realmente é feliz não precisa se valer de baixas artimanhas para chamar a atenção. Quem realmente é feliz não precisa nem mesmo chamar atenção. Quem realmente é feliz e, de fato, supera cada etapa da vida, não vai além do limite das lembranças para criar uma nova realidade com o que já passou.
Mais do que tudo isso: Quem realmente é feliz não precisa passar por cima das pessoas para se fazer presente. Simplesmente se faz. Simplesmente é.

Ok, está dado o meu recado. Não voltarei a tocar nesse assunto com ninguém. Quem me conhece sabe do que eu estou falando e esta é a resposta para tudo o que insistem em querer conversar comigo acerca disso.

março 22, 2010

"O que ela quer é falar de amor. Fazer cafuné, comprar presente, reservar hotel pra viagem, olhar estrela sem ter o que dizer. Quer tomar vinho e olhar nos olhos. Ela quer poder soprar o que mora dentro, o que não cabe, que voa inocente e suicida. Ela quer o que não tem nome. Quer rir sem saber de quê, passar horas sem notar, quer o silêncio e a falação. Ela quer bobagem. Quer o que não serve pra nada. Quer o desejo, que é menos comportado que a vontade. Ela quer o imprevisto, a surpresa, o coração disparado, o medo de ser bom. Quer música, barulho de e-mail na caixa, telefone tocando. Ela tem muito e quer mais. Quer sempre. Quer se cobrir de eternidade, quer o oxigênio do risco pra ficar sempre menina. Ela quer tremer as pernas, beijo no ponto de ônibus e a milésima primeira vez. Quer cor e som, lembrança de ontem, sorriso no canto da boca. Ela quer dar bandeira. Quer a alegria besta de quem não tem juízo. O que ela quer é tão simples. Só que ela não é desse mundo."

(Cris Guerra)

março 17, 2010

março 10, 2010

Há tanto a ser dito...

... Que nem sei por onde começar!
Só sei que tenho pensado incessantemente, desde ontem, no que escrever sobre os últimos acontecimentos. Deixei para depois, preferi ler um livro, revirar umas fotos, sonhar um pouco mais... Até que recebi uma notícia bastante triste, que me tirou totalmente a concentração ou qualquer foco que eu tenha dado nos momentos precedentes.
A Lua, gatinha preta mais sofisticada que eu já vi, filha da Lúcia e membro da família Badia há 13 anos, faleceu. Há meses vinha sofrendo os sinais da idade avançada, além de problemas renais crônicos que a debilitaram consideravelmente neste fim de vida. Mesmo assim, continuava soberana, linda e querida com as poucas pessoas que ela escolhia para afagar. Continuava toda Lua.
Essa perda está sendo uma lástima muito profunda a todos, inclusive a mim. Por mais que pensássemos estar preparados para o pior, foi um baque e tanto. Na verdade, nunca estamos preparados para a morte. Nunca a aceitamos de bom grado e sempre morre uma parte de nós mesmos junto dos nossos entes queridos.
Como eu disse para a Helena, o que conforta são as lembranças, enraizadas em nossas memórias e responsáveis por manter sempre vivos aqueles que amamos. Da maneira mais viva e intensa possível! No caso, a relação de amor e cumplicidade tão linda que havia entre a Lua e a Lúcia está eternizada na arte da própria Helena, que, de maneira tão sensível e colorida, retratou-as numa pintura feita em óleo sobre tela.
Em um ano de convivência com a Lua, posso dizer que nos conquistamos reciprocamente. Mal passei a frequentar a residência dos Badia e, para surpresa de todos, fui logo escolhida por ela para receber carinhos e ronrons subitamente. Claro, ela me encantou justamente pela sua personalidade introspectiva, marcante e seletiva - sobretudo quando o assunto era interação social.
Não estou bem, evidentemente. Aliás, passei o dia todo de ontem com uma angústia que parecia não ter motivos, um vazio incompreensível, afinal tinha muitos motivos para somente sorrir. Quando me desliguei daquela sensação estranha e estava definitivamente recomposta, recebi a má notícia.
Fiquei em choque por algum tempo, refleti bastante, conversei outro tanto... Lembrei muito da minha Safira amada... Mas acho que só vou me deparar com a realidade de fato quando perceber a ausência da Lua e dos seus olhos lindos, que pareciam ser de vidro. Ou não. Luto é questão de tempo e nada como um dia após o outro para curar qualquer dor ou ferida (ainda dói muito a falta da Safira, N.E.).
Quanto à formatura do Flávio e tudo o que a envolveu... Isso é assunto para outro post. Por ora, adianto que foi tudo perfeito e maravilhoso, um dos dias mais felizes da minha vida!

março 03, 2010

Vontade inquietante...

De dizer tudo o que se passa aqui dentro, esclarecer alguns mal entendidos, demonstrar alguns carinhos resguardados e, sim, falar sem pensar nada mas sentindo muito...
Por outro lado, vejo que ponderação nunca é demais e que sopesar palavras e momentos é uma característica inerente à vida adulta. Mais do que isso, é inerente à maturidade!
Como diria a minha avó: "O calado vence!" - adoro as máximas da minha vó, sempre tão pertinentes. Ao que me parece, deveria segui-las sempre.

Melhor eu ficar quieta mesmo.