março 10, 2010

Há tanto a ser dito...

... Que nem sei por onde começar!
Só sei que tenho pensado incessantemente, desde ontem, no que escrever sobre os últimos acontecimentos. Deixei para depois, preferi ler um livro, revirar umas fotos, sonhar um pouco mais... Até que recebi uma notícia bastante triste, que me tirou totalmente a concentração ou qualquer foco que eu tenha dado nos momentos precedentes.
A Lua, gatinha preta mais sofisticada que eu já vi, filha da Lúcia e membro da família Badia há 13 anos, faleceu. Há meses vinha sofrendo os sinais da idade avançada, além de problemas renais crônicos que a debilitaram consideravelmente neste fim de vida. Mesmo assim, continuava soberana, linda e querida com as poucas pessoas que ela escolhia para afagar. Continuava toda Lua.
Essa perda está sendo uma lástima muito profunda a todos, inclusive a mim. Por mais que pensássemos estar preparados para o pior, foi um baque e tanto. Na verdade, nunca estamos preparados para a morte. Nunca a aceitamos de bom grado e sempre morre uma parte de nós mesmos junto dos nossos entes queridos.
Como eu disse para a Helena, o que conforta são as lembranças, enraizadas em nossas memórias e responsáveis por manter sempre vivos aqueles que amamos. Da maneira mais viva e intensa possível! No caso, a relação de amor e cumplicidade tão linda que havia entre a Lua e a Lúcia está eternizada na arte da própria Helena, que, de maneira tão sensível e colorida, retratou-as numa pintura feita em óleo sobre tela.
Em um ano de convivência com a Lua, posso dizer que nos conquistamos reciprocamente. Mal passei a frequentar a residência dos Badia e, para surpresa de todos, fui logo escolhida por ela para receber carinhos e ronrons subitamente. Claro, ela me encantou justamente pela sua personalidade introspectiva, marcante e seletiva - sobretudo quando o assunto era interação social.
Não estou bem, evidentemente. Aliás, passei o dia todo de ontem com uma angústia que parecia não ter motivos, um vazio incompreensível, afinal tinha muitos motivos para somente sorrir. Quando me desliguei daquela sensação estranha e estava definitivamente recomposta, recebi a má notícia.
Fiquei em choque por algum tempo, refleti bastante, conversei outro tanto... Lembrei muito da minha Safira amada... Mas acho que só vou me deparar com a realidade de fato quando perceber a ausência da Lua e dos seus olhos lindos, que pareciam ser de vidro. Ou não. Luto é questão de tempo e nada como um dia após o outro para curar qualquer dor ou ferida (ainda dói muito a falta da Safira, N.E.).
Quanto à formatura do Flávio e tudo o que a envolveu... Isso é assunto para outro post. Por ora, adianto que foi tudo perfeito e maravilhoso, um dos dias mais felizes da minha vida!

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